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Concept Coupé 1993, um novo semblante para a Mercedes-Benz

Concept Coupé 1993, um novo semblante para a Mercedes-Benz

No Salão do Automóvel de Genebra, em 1993, a Mercedes-Benz apresentou um cupê conceito que inauguraria um “novo rosto” para a icônica marca alemã. A linguagem inédita de design deste conceito deu uma prévia de muitos temas que seriam aplicados posteriormente a outros modelos da Mercedes.

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O conceito trouxe ao mundo o design dos “quatro faróis”, que mais tarde se tornaria a nova face da marca Stuttgart. Com uma grade de radiador estreita, quatro faróis ovais separados – dois grandes na parte externa, dois menores na parte interna e novos para-lamas, a nova aparência imediatamente desencadeou muitos debates aos aficionados pela estrela de três pontas. Esta poderia ser a futura face dos carros Mercedes-Benz? Certamente os desenhistas da marca acreditavam que poderia – e ao apresentar esse conceito de produção, eles tiveram a oportunidade de consultar o público antes de tomar qualquer decisão.

O visual anterior com os faróis retangulares ainda tinha seus adeptos. Mas a resposta ao semblante de quatro faróis foi extremamente positiva – e isso foi interpretado como um sinal verde para a produção. O primeiro modelo a adotar tal filosofia de design era um dos produtos mais importantes da marca. O tema dos quatro faróis foi implementado no Classe E (W210), lançado em 1995.

O protótipo apresentado em Genebra também pretendia testar outra questão: como os clientes reagiriam a um novo cupê Mercedes-Benz de quatro lugares? Esta questão recebeu uma clara resposta – um número considerável de visitantes aprovaram a ideia e disseram que comprariam o carro como aquele apresentado em Genebra. Um hiato de quatro anos separou o cupê conceito da realidade, quando foi lançado o CLK Coupé (C 208). Embora seu visual remetesse ao do Classe E, a plataforma adotada e alguns componentes foram herdados do Classe C (W203).

O modelo de produção guardava forte semelhança com o conceito de Genebra, mostrando o quão perto do ‘artigo acabado’ estava aquele estudo. “Nós não vamos apresentar carros extravagantes com efeitos especiais sem sentido. Esses carros podem causar um rebuliço brevemente, mas eles geralmente são esquecidos pouco tempo depois”, disse o então Bruno Sacco, chefe de designer da Mercedes-Benz. Em 1998, o CLK ganhou a versão conversível.

A elegância do exterior continuou no interior com quatro assentos individuais. Aqui a ênfase estava na fluência de forma e na ausência de frescura. O console central, estendia-se desde o painel até o porta-objetos. O acabamento mesclava couro, lã de microfibra e painéis de madeira criava um ambiente refinado e elegante. Ao mesmo tempo, a ergonomia foi projetada para os altos padrões pelos quais a Mercedes-Benz é conhecida. Isto pode ser visto, por exemplo, nos bancos dianteiros com a montagem assimétrica do apoio de cabeça. Esses assentos batizados de “Ergo Wing” tinham uma estrutura interna que primava pelo conforto. Estes assentos ofereciam ótimos apoios para os ombros, além de excelente suporte lateral e lombar.

O cupê conceito mostrou ser um veículo multifacetado. Contribuindo para muitos modelos de produção subsequentes. Abaixo a lista de alguns modelos que beberam a da fonte:

CLK (W208, W209, C208, C209, A208, A209);

Classe C (W203, CL203, S203);

CL (C215);

SL (R230)

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