ABS de corrida completa 28 anos de existência
O piloto de corridas da Mercedes-Benz, Roland Asch, surpreendeu seus concorrentes com o excelente desempenho de frenagem de seu Mercedes-AMG Mercedes durante o Campeonato de Carros de Turismo Alemão (DTM) em Kyalami, na África do Sul, em 18 de novembro de 1990. O sistema de ABS de corrida foi desenvolvido em conjunto com a Bosch. Asch alcançou a pole position e terminou em segundo lugar. Isso deu a Roland Asch a vitória na classificação geral da corrida em Kyalami, ao pilotar um Mercedes-Benz 190 E 2.5-16 Evolution II.
O desenvolvimento do sistema de freios antibloqueio para carros de corrida começou logo após a introdução do ABS na produção seriada em veículos de passeio. Ayrton Senna teve uma prévia do efeito que o sistema poderia ter na primavera de 1984, durante o teste de direção para a corrida de abertura do novo circuito de Nürburgring. Em 12 de maio de 1984 foi comemorada com uma corrida envolvendo 20 campeões de Nürburgring, eles disputaram a prova no Mercedes-Benz 190 E 2.3-16 (W 201).
Senna foi o vencedor da corrida. Mas durante o test drive, a reação inicial do piloto brasileiro não foi a das melhores em relação ao sistema de freios ABS: “Os freios estão quebrados.” Isso porque Senna nunca havia dirigido um carro de corrida com ABS, e devido ao pulsar do pedal do freio quando o sistema entrava em ação. O chefe de projeto, Gerhard Lepler, acalmou-o e deu-lhe uma dica: “Apenas mantenha o pé no pedal”. No entanto, diz a lenda que Senna nunca se entusiasmou muito com o ABS. Foi uma história totalmente diferente de Niki Lauda. Quando o conceito de veículo para a corrida equipado com o sistema ABS foi explicado, ele declarou: “Sistema de freios antibloqueio foi a melhor invenção desde o surgimento da roda”.
Mas o líder do projeto Mercedes-Benz, Lepler, ainda não estava satisfeito com o desempenho do ABS de corrida. Não foi apenas o pedal de freio pulsante que era chato; ABS também teve um problema quando as rodas deixavam de tocar a pista depois voltavam a ter aderência. Neste caso, os sensores já não detectavam qualquer condição de atrito com o asfalto. Isso fazia com que a pressão dos freios fosse reduzida drasticamente no começo e depois aumentada.
Ajuste fino inicialmente trouxe uma pequena melhora. Mas foi após a chegada do novo sistema de controle eletrônico desenvolvido em conjunto com a Bosch, que incluía uma unidade de controle programável, que o ABS de corrida foi capaz de oferecer um desempenho verdadeiramente impressionante. Esta configuração tornou possível suprimir a pulsação do pedal do freio durante a ativação do ABS e o rendimento repentino depois de voltar a ter atrito com a pista.
A revista alemã de carros “Auto Motor und Sport” relatou a corrida na edição 25/1990: “Asch pulou de alegria dentro do carro e não conseguia parar de tecer elogios ao sistema ABS. “O ABS é bom, posso me concentrar totalmente na direção”, ele disse.
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